Dizem os mais antigos que a genialidade de Nelson Antônio da Silva era ser Nelson Cavaquinho. Músico, compositor e poeta que hoje é só saudade. Pelos festejos do centenário de vida do sambista, o grupo “Bossa e Tal” realiza o show “Hoje sou só saudade – Nelson Cavaquinho”, no próximo dia 24, às 20h, no Espaço Plural, do SESC Campos.
Numa singela homenagem ao compositor, cantor e instrumentista, que no fim de sua trajetória pelos palcos brasileiros, desfilava seus prateados cabelos e rasgada voz, curtida pelo líquido de um milhão de botequins, que fluía acompanhada pelo som beliscado das cordas feridas por dois dedos - técnica e estilo - reconhecíveis a quilômetros, o grupo “Bossa e Tal”, formado por Maria Fernanda (voz e percussão), Sebastião Floriano “Tiko” (violão), Kall Lima (sax/flauta), motivados em contar um pouco da história de sucesso do artista, selecionou um repertório com canções como “O bem e o mal”, “Pranto de Poeta”, “A flor e o espinho” e “Folhas secas”.
– Pesquisando sobre história e obras de Nelson Cavaquinho, percebemos que ele era o Rei dos botequins do Rio de Janeiro. Seu quartel-general eram os balcões molhados da Praça Tiradentes, cenários, em que encontrava seus iguais, suas inspirações, sua forma de viver e ser feliz. Este trabalho que preparamos, reunirá as composições de maior destaque de Nelson Cavaquinho e contará um pouco de sua história para os campistas. Vale à pena conferir – convida Maria Fernanda.
Nelson Cavaquinho – Boêmio da mais fina extração, Nelson Cavaquinho freqüentava os redutos de samba, principalmente na Mangueira, onde se fez amigo de Cartola, Carlos Cachaça, Zé da Zilda e outros compositores. Trovador moderno para sua época, Nelson Cavaquinho espalhou sua música e poesia pela noite carioca. Críticos declaram que suas composições são de uma simplicidade impressionante, como somente os grandes gênios conseguem fazer, não há um verso ou nota a mais que o necessário.
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